domingo, 17 de janeiro de 2010

Para divulgação : " Ribeiro à Presidência"


CANDIDATURA DE ANTÓNIO PEDRO RIBEIRO À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


APRESENTAÇÃO DO LIVRO "UM POETA NO PIOLHO" NO PÚCAROS



António Pedro Ribeiro, poeta anarquista, diseur, performer e aderente nº 346 do Bloco de Esquerda anuncia na próxima quarta, 20, pelas 23,30 h, no bar Púcaros no Porto (à Alfândega) a sua candidatura à presidência da República nas Presidenciais/2011. O anúncio da candidatura coincide com a apresentação do livro "Um Poeta no Piolho" (Corpos Editora) no mesmo local e à mesma hora. A candidatura de António Pedro Ribeiro, embora respeite muito a figura de Manuel Alegre enquanto poeta e humanista, vai contra os entendimentos de mercearia entre o Bloco de Esquerda e o PS de Sócrates que se desenha em torno da candidatura do poeta. A candidatura de António Pedro Ribeiro é a candidatura do homem livre que está contra a economia de mercado e a social-democracia de mercado que nos enfernizam a vida. A candidatura de António Pedro Ribeiro é uma candidatura de ruptura contra todas as formas de capitalismo, estejam elas na bolsa, nos bancos ou no grande capital. É uma candidatura que não pactua com negociações e sindicatos em busca de influências, estatutos e poderes. É uma candidatura pela vida no sentido nietzscheano, pela vida autêntica, plena sem patrões nem grandes irmãos. É uma candidatura que olha para os desempregados e para os pobres sem estatísticas nem contas de mercearia. Todo o ser humano tem direito à sua subsistência e algo mais. Não tem de andar a mendigar coisa nenhuma. A candidatura de António Pedro Ribeiro é uma candidatura de rebelião e de ruptura com o instituído que acredita, com Rosa Luxemburgo, que os problemas não se resolvem no Parlamento mas sim na rua. Acredita também que o capitalismo destrói o homem e que, portanto, deve ser derrubado nas ruas como tem sido tentado na Grécia e em França. Acredita também que o melhor governo é não existir governo nenhum e que os partidos de esquerda (PCP, Bloco de Esquerda) têm feito, muitas vezes, o jogo do sistema aceitando migalhas do poder.

"Um Poeta no Piolho" é uma homenagem aos 100 anos do café "Piolho" feitos à mesa da cerveja e das mulheres que vêm ou não vêm. É o percurso de mais de 20 anos do poeta no "Piolho" em torno de discussões literárias, políticas ou amorosas, é a homenagem aos empregados e aos gerentes do "Piolho", a todos aqueles que por lá passam e continuam a passar, a todas aqueles que fizeram e que fazem do "Piolho" um café com História e recheado de estórias todos os dias.

António Pedro Ribeiro ou A. Pedro Ribeiro nasceu no Porto no Maio de 1968. É autor dos livros "Queimai o Dinheiro" (Corpos, 2009), "Um Poeta a Mijar" (Corpos, 2007), "Saloon" (Edições Mortas, 2007), "Declaração de Amor ao Primeiro-Ministro" (Objecto Cardíaco, 2006) e "Á Mesa do Homem Só. Estórias" (Silêncio da Gaveta, 2001), entre outros. Foi fundador da revista literária "Aguasfurtadas" e colaborou nas revistas "Cráse", "Bíblia", "Conexão Maringá" e "A Voz de Deus", entre outras. Foi activista estudantil na Faculdade de Letras do Porto e no Jornal Universitário do Porto. Fez performances poéticas no Festival de Paredes de Coura 2006 e 2009 (com a banda Mana Calórica) e recentemente nas "Quintas de Leitura" do Teatro Campo Alegre (Outubro de 2009). Diz regularmente poesia nos bares Púcaros e Pinguim e no Clube Literário (Poesia de Choque). "Um Poeta no Piolho" será apresentado pelo poeta Anthero Monteiro e pelo editor da Corpos Ricardo de Pinho Teixeira. O diseur Luís Carvalho dirá poemas do livro.

No dia seguinte, 21, quinta, pelas 22,00 h, António Pedro Ribeiro volta a apresentar a sua candidatura no Clube Literário do Porto, acompanhado por Luís Carvalho e pelo músico Luís Almeida, durante a habitual sessão de POESIA DE CHOQUE que tem lugar todas as terceiras quintas de cada mês.



Com os melhores cumprimentos,

António Pedro Ribeiro.

tel. 965045714

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Georges moustaki- Sans la nommer

Morreu Eric Rohmer, homem de palavra


Foi um escritor falhado antes de ser um cineasta excepcional. Aquele que foi ainda um brilhante crítico de cinema deixa uma obra que é um tratado sobre a natureza humana


Surpresa, morreu Eric Rohmer: era daqueles que já acreditávamos serem imortais. Como se entre ele e o "Fausto" de Murnau, o seu mais adorado filme e o seu mais adorado cineasta, houvesse, por sua vez, algum pacto. Estava prestes a fazer 90 anos (Abril) e realizara em 2007 o último filme, "Os Amores de Astrée e Celadon", belíssimo e rohmerianíssimo fecho de obra, e filme onde o cineasta que sempre fez as palavras "fazerem coisas", as fez fazer coisas inauditas. Como, por exemplo, mudar o sexo das personagens. "Efeitos especiais"? É mentira que não os haja em Rohmer, o seu cinema está cheio deles: chamam-se "palavras" e são um dos principais eixos da sua obra. Numa entrevista por ocasião da estreia do seu penúltimo filme, "Agente Triplo", em 2004, e agora reposta no site do Libération, Rohmer resumiu: "voilá, eis a minha especialidade: encenar a palavra e o seu poder."
Depois de Astrée e Celadon, Rohmer teria dito que estava na "altura da reforma". É incrível que, por mais anos que vivesse, a sua obra estivesse encerrada. Se as contas não falham, 24 longas-metragens de ficção, a que acresce um valente punhado de curtas-metragens e um sem número de trabalhos para televisão, de âmbito literário e cinematográfico, e de onde há destacar (pelo menos) dois filmes extraordinários: o episódio dedicado a Carl Dreyer na série Cinéastes de Notre Temps e, para outra série televisiva (Aller au Cinéma), Louis Lumière, fabuloso retrato da "fundação" do cinema a partir de uma conversa com (e entre) Jean Renoir e Henri Langlois. E, claro, não se pode esquecer isto, porque foi de onde tudo começou: Eric Rohmer foi um dos mais brilhantes críticos de cinema do século XX.

Apesar de ser, "grosso modo", dez anos mais velho do que os seus companheiros (Rivette, Godard, Truffaut), fez parte da "ínclita geração" dos Cahiers du Cinéma dos anos 50 (revista que dirigiu entre o final dessa década e o princípio da de 60). Antes, ainda, tinha sonhado ser escritor: a série dos "Contos Morais", por exemplo, começou por ser um projecto literário. Romancista "falhado", Rohmer converteu-se em cineasta excepcional.
Rohmer acompanhou os seus colegas mais jovens na passagem à realização, e tornou-se um nome central da nouvelle vague. Talvez por ser o mais velho, já não ter idade para sprints e, pelo contrário, ter coração de fundista, de entre os cineastas da nouvelle vague a sua estreia foi a mais discreta de todas. "Le Signe du Lion", primeira longa (em 1959/60), contemporânea do estardalhaço provocado pelos "400 Golpes" de Truffaut e pelo "Acossado" de Godard, praticamente passou despercebido. Num impasse criativo, Rohmer lembrou-se da sua frustração literária, os Contos Morais. Passou-os a filme e saiu-lhe a sorte grande: de episódio em episódio (seis, de 1963 a 1972), o seu nome foi-se firmando.
Rohmer, que não só apreciava este tipo de arrumação serialista como estimulava as rimas internas, os jogos de espelhos, os exercícios de geometria narrativa, dedicou-se ainda a mais duas séries: as Comédias e Provérbios (1981 a 1987) e, na década de 90, os Contos das Quatro Estações. Com vários filmes de permeio, todos eles altamente significativos: enquanto nas séries filmava personagens e ambientes contemporâneos, nos filmes "avulsos" dedicava-se, frequentemente, a adaptações literárias ("Perceval le Gallois", a partir de Chrétien de Troyes, e "A Marquesa d'O", baseado em Kleist, nos anos 70) e temas históricos, como nos três filmes que fez no séc. XXI, que visitam a Revolução Francesa ("A Inglesa e o Duque"), os anos 30 ("Agente Triplo") e a Gália do tempo do Império Romano ("Os Amores de Astrée e Celadon").
O Marivaux do cinema francês, chamaram-lhe muitas vezes. E muitas vezes Rohmer se dedicou aos jogos amorosos e à volatilidade das paixões, nas mais diversas circunstâncias. Gostava de repetir uma frase que tinha aprendido com um seu professor no liceu, que ao que parece desconfiava da psicanálise: "O inconsciente? O inconsciente é o corpo!" E as palavras, apenas a maneira racional de justificar e moralmente enquadrar as coisas (o desejo, a paixão) que o corpo diz sem palavras. A natureza humana: sobre ela, a obra de Rohmer é um tratado. Indispensável e inimitável

via Ípsilon ( Luis Miguel Oliveira)


Iniciativa " Fartos.Net "


Lançada em Julho de 2009, a iniciativa Fartos.net consistiu numa campanha lançada online em protesto contra a repressão no Irão após as presidenciais, nas Honduras contra o golpe de Estado e na China contra a falta de respeito do regime pelas suas minorias. Com recurso aos mais diversos instrumentos online (Blog, Twitter, Facebook, You Tube) conseguiu-se algum efeito de protesto em torno de valores tão simples como a liberdade e a democracia.




Toda a informação sobre esta iniciativa em www.fartos.net



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Fartos

José Soeiro : " Não há dignidade sem igualdade"